o que é o sistema endócrino?
O sistema endócrino compreende os hormônios que são substâncias formadas por proteínas ou aminoácidos ou esteroides, sendo secretadas por glândulas especializadas e que quando lançadas na corrente sanguínea, apresentam ação local ou sistêmica. Os hormônios atuam, juntamente com o sistema nervoso, controlando diferentes respostas do organismo, como função reguladora, homeostática, desenvolvimento, reprodução, dentre outras.
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
As glândulas endócrinas são as glândulas especializadas na secreção dos hormônios diretamente na corrente sanguínea, sendo as principais a pineal, hipófise, tireóide, paratireoide e supra-renais. Há ainda as glândulas mistas, ou seja, que possuem uma parte endócrina e outra exócrina, que são o pâncreas e as gônadas (ovários e os testículos).
Glândulas que constituem o sistema endócrino humano. (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
Pineal
Localiza-se no centro do cérebro e participa do ciclo circadiano, secretando na ausência de luz (noite) o hormônio melatonina, que induz o sono e na presença de luz (dia), inibe a ação desse hormônio.
Hipófise ou Pituitária
Hipófise ou Pituitária
É uma pequena glândula que se situa na base do cérebro e se conecta com o hipotálamo. É dividida em dois lobos: a adenoipófise e a neuroipófise. O funcionamento da adenoipófise é estimulado pelo hormônio de liberação e inibida pelo hipotálamo. A neuroipófise é uma continuação do hipotálamo.
ADENOIPÓFISE | |
---|---|
Hormônio | Ação |
Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) | Controla o córtex das supra-renais |
Hormônio gonadotrópico: - Hormônio folículo estimulante (FSH) - Hormônio luteinizante (LH) | - FSH: provoca o crescimento e amadurecimento dos folículos, o ovário na mulher e o testículo no homem, estimulando a produção de estrogênio e testosterona, respectivamente. - LH: nas mulheres, estimula a ovulação e a formação do corpo lúteo, já nos homens provoca a produção de testosterona. |
Prolactina | Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias durante a gravidez e amamentação |
Hormônio do crescimento (GH) | Estimula o crescimento dos tecidos, inclusive ossos e cartilagens. Deficiência no GH causa o nanismo e a hiperfunção da hipófise pode ocasionar um excesso de GH, causando o gigantismo. |
NEUROIPÓFISE | |
Hormônio | Ação |
Ocitocina | Responsável pela contração muscular e dilatação do útero durante o parto, além de liberar o leite durante a sucção do bebê. |
Hormônio antidiurético (ADH) | Controla a eliminação de água pelos rins, aumentando a reabsorção de líquidos por esse órgão. Deficiência na produção e secreção do ADH, a urina fica muito diluída, ocasionando a diabete adrenal ou insípida. |
TIREÓIDE E PARATIREÓIDES
A tireóide é composta por dois lobos situados na frente da traqueia, em alguns casos, formando uma proeminência denominada pomo-de-adão. As paratireoides são 4 pequenas glândulas localizadas atrás da tireoide. A tireoide ao ser estimulada pelo hormônio TSH, produzido na hipófise, secreta os hormônios tiroxina ou T4 já que possui 4 iodos na sua molécula e a triiodotironina ou T3 pois possui 3 iodos na sua molécula.
O iodo é fundamental para o funcionamento desses hormônios que regulam o metabolismo e o funcionamento de diversos sistemas como batimentos cardíacos, fluxo sanguíneo, dentre outros. Uma disfunção dessa glândula pode ocasionar o hipotireoidismo ou hipertireoidismo, onde há uma baixa ou alta produção dos hormônios produzidos pela tireoide, respectivamente.
No caso do hipertireoidismo, o excesso de hormônios provoca na pessoa perda de peso, os batimentos cardíacos ficam acelerados e há um aumento da glândula formando um papo ou bócio tóxico e os olhos podem ficar esbugalhados (exoftalmia).
No hipotireoidismo, a baixa produção dos hormônios provoca na pessoa ganho de peso, redução da frequência cardíaca, apatia e sonolência. Essa doença também pode ser causada não somente pela disfunção da glândula, mas também pela falta da ingestão de iodo que é necessário para a formação do T3 e T4, causando o bócio endêmico.
Além desses, a tireoide produz a calcitonina que juntamente com o hormônio paratormônio produzido pelas paratireoides são responsáveis pelo controle da taxa de cálcio no sangue. Quando a concentração de cálcio no sangue diminui, o paratormônio retira o mesmo do osso lançando-o no sangue. Quando a quantidade de cálcio atinge o nível ideal, a calcitonina, diminui a liberação do cálcio no sangue.
Além desses, a tireoide produz a calcitonina que juntamente com o hormônio paratormônio produzido pelas paratireoides são responsáveis pelo controle da taxa de cálcio no sangue. Quando a concentração de cálcio no sangue diminui, o paratormônio retira o mesmo do osso lançando-o no sangue. Quando a quantidade de cálcio atinge o nível ideal, a calcitonina, diminui a liberação do cálcio no sangue.
PÂNCREAS
O pâncreas localiza-se atrás do estômago, entre o duodeno e o baço. Esse órgão atua tanto como uma glândula exócrina secretando suco pancreático como endócrina que é formada pelas ilhotas de Langerhans que possuem dois tipos de células a alfa e a beta que produzem os hormônios glucagon e insulina, respectivamente.
Ao ingerir uma refeição, o nível de glicose no sangue aumenta, fazendo com que o pâncreas secrete a insulina responsável por captar a glicose do sangue e levá-la para dentro das células.
No fígado, a glicose é armazenada sob a forma de glicogênio, processo denominado glicogeogênese. Essas etapas diminuem a glicose circulante no sangue. Entretanto, durante o jejum, o nível de glicose no sangue cai e isso faz com o pâncreas secrete o glucagon que é responsável por inibir a glicogeogênese e, ao mesmo tempo, estimular a glicogenólise no fígado, ou seja, transformar glicogênio em glicose, sendo essa direcionada para o sangue.
DIABETES MELLITUS É a doença ocasionada pelo aumento do açúcar (glicose) no sangue, causando uma hiperglicemia. Isso pode ocasionar uma perda excessiva de água, desidratação, produção de cetoácidos, podendo inclusive levar a morte do indivíduo. | |
---|---|
Tipo | Ação |
Tipo 1 ou dependente de insulina | Comum em jovens com menos de 30 anos. Ocorre a destruição das células beta, por exemplo por um câncer ou doença autoimune, logo não há produção de insulina. A pessoa deve tomar injeções diárias desse hormônio para que a taxa glicose no organismo fique adequada (70 a 120mg/100mL de sangue) |
Tipo 2 ou independente de insulina | É a mais comum e ocorre em pessoas obesas com mais de 40 anos. Há a produção de insulina, entretanto seus receptores encontram-se defeituosos ou diminuídos. A doença pode ser controlada com dieta e medicamentos. |
DIABETES INSIPIDUS Essa doença ocorre devido a uma deficiência do hormônio antidurético, provocando uma diurese excessiva e sede intensa. Sintomas parecidos com a diabete mellitus, entretanto não há urina doce nem hiperglicemia. | |
DIABETES GESTACIONAL Surge durante a gravidez uma hipoglicemia, que deve ser controlada e na maioria das vezes os níveis de glicose voltam ao normal após o parto. |
SUPRA-RENAIS
As supra-renais possuem duas regiões na glândula - o córtex e a medula - que secretam hormônios diferentes e localizam-se sobre os rins.
CÓRTEX O córtex é estimulado pelo hormônio ACTH, produzido pela adenohipófise, secreta corticosteroides. | |
---|---|
Hormônio | Ação |
Aldosterona | Aumenta a reabsorção de sódio, tendo como consequência a retenção de água e estimula as células dos túbulos renais a secretarem potássio e hidrogênio no sangue. |
Cortisol | Converte aminoácidos e lipídios em glicose. Importante para situações de estresse e sem comida. |
MEDULA | |
Hormônio | Ação |
Adrenalina ou epinefrina | Resposta rápida ao estresse, acelera o batimento cardíaco, glicose lançada no sangue |
Noradrenalina ou norepinefrina | Juntamente com a adrenalina, esse hormônio aumenta o influxo de cálcio, mantém a pressão sanguínea em níveis normais, taquicardia, dentre outros. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário