Fisiologia do Esporte


     

   Você prática algum esporte e entende o mecanismo fisiológico que acontece no seu corpo? 
Na fisiologia do esporte, muitos, senão todos os sistemas corporais, são testados quase que a seus limites extremos. Por exemplo, o fluxo sanguíneo muscular aumenta de até 25 vezes, o consumo total de oxigênio aumenta de até 20 vezes, a produção corporal de calor, igualmente, aumenta de até 20 vezes e o débito cardíaco de até 6 vezes.
O corpo utiliza três sistemas de energia principais para a provisão da força muscular necessitada nas provas atlética. Esses sistemas são (1) o sistema do fosfageno, (2) o sistema de glicogênio-ácido-láctico e o (3) o sistema aeróbico. O sistema de fosfageno armazena energia de ligações de alta energia do trifosfato de adenosina e da fosfocreatina, ambos encontrados no interior das fibras musculares. Esse sistema pode permitir surtos muito intensos de energia por períodos de 10 a 15 segundos. O sistema glicogênio-ácido-láctico libera energia pela conversão do glicogênio em ácido láctico. Esse sistema pode suprir energia com intensidade de cerca da metade do sistema do fosfageno e pode sustentar a contração muscular máxima por períodos de 30 a 40 segundos. O sistema aeróbico libera energia pela metabolização dos carboidratos, das gorduras e das proteínas com oxigênio. Esse sistema pode prover energia com intensidade da ordem de ¼ da energia do sistema fosfageno, mas sua duração é ilimitada, definida apenas pela disponibilidade dos nutrientes apropriados.
O nutriente de escolha para a utilização muscular durante o exercício é o carboidrato, sob a forma de glicogênio armazenado no músculo ou de glicose absorvida pelas fibras musculares, do sangue durante o exercício. A quantidade de glicogênio armazenados nos músculos, antes das provas atléticas, pode ser aumentada de várias vezes por uma dieta rica em carboidratos e, por sua vez, a resistência muscular é diretamente relacionada à quantidade de glicogênio neles armazenado.
Portanto, uma dieta rica em carboidratos é essencial para um desempenho atlético de primeiro nível. Entretanto quando o exercício é mantido por muitas horas, próximo a sua intensidade máxima, os depósitos de glicogênio e glicose ficam depletados e nesse caso, a maior parte da energia que é utilizada pelos músculos é derivada das gorduras.
Embora a dimensão básica dos músculos de uma pessoa seja determinada em sua maior parte pela hereditariedade e pelo efeito anabólico do hormônio sexual masculino testosterona, o treinamento físico pode aumentar a massa e a força muscular por até 30 a 60%. O aumento da massa muscular é chamado de hipertrofia muscular.
Sobre a respiração: a intensidade da respiração aumentada em cerca de 20 vezes, ainda representa, apenas, 65% da capacidade respiratória máxima, o que permite a existência de considerável reserva respiratória, mesmo no exercício muito intenso.
O fluxo sanguíneo muscular pode aumentar de até 25 vezes durante o exercício mais extenuante. Para segurar esse fluxo aumentado pelos muitos músculos em contração, o débito cardíaco pode aumentar de até 6 vezes em um atleta bem treinado, como, mais uma vezes, serve de exemplo, o corredor de maratona. Durante o treinamento de um corredor de um desses de maratona, as dimensões das câmaras cardíacas e da massa cardíaca aumentam, cada um, de 40%. No exercício máximo, coração bombeia sangue a 90% de sua capacidade máxima de bombeamento. Portanto a capacidade de bombeamento do coração é fator muito mais limitante no fornecimento de oxigênio para os músculos em quantidade adequadas, durante as atividade atléticas de resistência, do que é o sistema respiratório.
Quantidade muito grandes de calor são produzidas no interior do corpo durante o exercício. Portanto, quando o exercício é realizado em ambientes quentes e úmidos ou usando roupas sem ventilação, uma pessoa pode ter intermação. Por outro lado pode perder de 2,25 litros a 4,6 litros de líquido corporal dentro período de 1 hora, pelo processo de sudores, o que pode causar cambrais musculares, fraqueza e até o colapso circulatório. A intermação pode ser fatal se não for tratada no mesmo instante. Entre os líquidos mais eficazes que pode ser utilizado reposição dos líquidos corporais, merece destaque os sucos de frutas.
Por conseguinte, em sua maior parte, a fisiologia dos esporte é uma análise dos últimos limites a que os mecanismos corporais podem ser testados. Para dá um exemplo simples: numa pessoa com febre muito alta, próxima do nível de letalidade, o metabolismo aumenta de até 100% acima do normal. Em termos comparativos, o metabolismo do corpo, durante uma corrida de maratona, pode aumentar até 2.000% acima do normal.
As diferenças hormonais entre os dois sexos, podem, com certeza explicar uma grande parte senão a maioria das diferenças nos desempenhos atléticos. A testosterona secretada pelo testículos masculino exerce potente efeito anabólico, o que significa que promove a deposição muito aumentada de proteína em todos os locais do corpo, em especial nos músculos. Na verdade, mesmo na pessoa do sexo masculino que participa muito pouco de atividades esportivas, mas que, no entanto, secreta suficiente testosterona, terá músculos cerca de 40% do que a pessoa do sexo feminino correspondente, com o consequente aumento de sua força. Assim, a pessoa do sexo masculino que começa a treinar para uma atividade esportiva já tem vantagem inicial sobre uma pessoa do sexo feminino.
 E ai você gostou?
Agora você se sente ume expert na fisiologia do esporte?
Bom treino!!!

Referência
GUYTON, A. C, M. D.; Fisiologia Humana; Ed. Guanabara Koogan S. A., Sexta Edição, 1988.

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